Beijam a bandeira americana e cospem no povo brasileiro
Algumas verdades contra a falsa direita patriota brasileira, que aplaude Trump mesmo quando ele ataca o povo. Um mergulho histórico na submissão do Brasil aos EUA desde 1964 até hoje — e um chamado à resistência preta, popular e soberana.
BLOGCRONICABRASIL
FAVELADO PENSANTE
7/12/20253 min read


Enquanto Donald Trump ameaça impor uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, a extrema-direita do Brasil aplaude de pé. Sim, estão batendo palma para o aumento do custo de vida do trabalhador, para a quebra de pequenos e médios produtores, e para a submissão do Brasil ao velho capataz de terno e gravata: o imperialismo americano.
Eles se dizem patriotas, mas ajoelham diante do império. Choram com a bandeira dos EUA no colo, mas ignoram a fome nas periferias do Nordeste. Batem continência para generais americanos e cospem no chão onde o trabalhador brasileiro constrói o pão de cada dia.
Essa gente nunca foi do Brasil. Sempre foram da Casa Grande. Sempre foram do Tio Sam.
Brasil de joelhos desde 1964 — por ordem de Washington
Em 31 de março de 1964, o golpe militar foi iniciado com apoio direto dos EUA. Mas esse apoio não foi apenas ideológico. Ele foi militar, logístico, financeiro e estratégico.
O documento desclassificado em 2004 pela CIA e pelo Departamento de Estado norte-americano mostrou que o então presidente Lyndon B. Johnson autorizou a Operação Brother Sam — uma intervenção militar caso o golpe falhasse.
Resultado: no dia 1º de abril, navios da Marinha dos EUA, como o porta-aviões USS Forrestal, já estavam em direção à costa brasileira, carregando munições, tanques, armas leves e combustível para abastecer os golpistas.
Eles estavam prontos pra invadir, pra derrubar um presidente democraticamente eleito (João Goulart), e implantar um regime submisso ao capital norte-americano. E conseguiram. A ditadura durou 21 anos, com tortura, censura, assassinatos, desaparecimentos e entrega das riquezas nacionais.
E quem apoiava essa ditadura? Os mesmos de hoje.
A elite branca, racista, militarizada e colonizada.
Eles que hoje levantam cartaz de "Intervenção Militar com Bolsonaro no poder" são os netos políticos dos que bateram palma pro AI-5 em 1968.
Eles chamam de "acordo comercial", mas é chicote novo pra mesma senzala
A taxação de Trump sobre o Brasil não é um ataque ao governo — é um ataque ao povo. Quem vai pagar mais caro?
O trabalhador rural, que vende carne, soja, frutas pra fora;
O caminhoneiro, que carrega carga que talvez nem vá mais sair do país;
O consumidor, que vai pagar mais caro por tudo que é produto afetado pelas novas tarifas.
Trump quer proteger o produto americano.
A direita brasileira quer proteger o privilégio do patrão americano.
E o povo brasileiro? Fica de joelhos — de novo.
Cadê o patriotismo de vocês agora?
Essa mesma extrema-direita que pede "soberania nacional" quando é conveniente, agora tá aplaudindo o Brasil ser humilhado por um gringo. A mesma que quer dar tiro em artista e censurar professor em nome de “valores nacionais”, agora se cala diante de uma ameaça direta aos trabalhadores brasileiros.
Querem transformar o Brasil em colônia, de novo.
Querem que a bandeira americana tremule mais alto do que a nossa.
Querem que a gente coma na mão do capital estrangeiro e ainda agradeça.
A pergunta é: até quando?
O povo é o Brasil. Não esses traidores de terno e farda
Em 1968, Carlos Marighella escreveu o Minimanual do Guerrilheiro Urbano, onde dizia:
"O povo brasileiro só poderá libertar-se do imperialismo se quebrar a máquina que o sustenta: o Estado burguês e seu braço armado."
Hoje, a máquina tem nome: extrema-direita brasileira.
Eles carregam armamento, usam a polícia militar como seu próprio exército, criam leis, acabam com direitos trabalhistas, inventam impostos, fake news e mentiras disfarçadas de patriotismo.
Eles não dão golpes com tanques — fazem pelo WhatsApp, igrejas evangélicas e pelos bancos.
Mas o resultado é o mesmo: o povo continua escravizado.
Malcolm X avisou: “O preço da liberdade é a morte”
Malcolm dizia:
“O liberal branco é o maior obstáculo para o negro, porque finge estar com você, mas trabalha contra você.”
No Brasil, o “liberal” virou bolsonarista. E ele não trabalha com o povo — ele trabalha contra o povo.
Eles vão pra Miami comprar camiseta com a bandeira americana, enquanto sua quebrada não tem nem UBS.
A verdade é simples: quem beija a bandeira dos EUA enquanto pisa no povo é traidor da pátria.
Eles não são patriotas. Eles são capachos com diploma.
Nosso patriotismo é preto, é favelado, é do povo
Ser patriota é defender o trabalhador.
É proteger o pequeno agricultor.
É construir soberania com ciência, educação e dignidade.
É dizer “não” ao império, mesmo quando isso significa perder favores.
É bater de frente com o racismo econômico, militar e cultural dos Estados Unidos.
Eles dizem que amam o Brasil, mas só amam o lucro.
Nós amamos o povo.
Nós amamos a favela, a quebrada, o campo, a floresta.
Nós somos o Brasil. Eles são a colônia. QUEM AMA DEFENDE E PROTEJE!
Identidade
“Um território vivo de reflexão e expressão cultural autêntica, onde a voz da quebrada ecoa com orgulho e potência. Aqui, cada ideia é resistência, cada palavra é liberdade, cada história é prova de que a favela pensa e faz acontecer.”
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