Sexo e Política é fácil de fazer. Direito que é o problema.

A ideia é essa: um texto que define bem o egoísta na cama com o político corrupto (egoísta). Mostra que o mesmo homem hétero, branco e velho que não tá nem aí pra mulher na hora H é o que governa só pra ele, usando a grana do povo como se fosse motel. É uma crítica direta, que pergunta até quando a gente vai pagar a conta desse motel, para outros gozarem com a nossa grana.

CRONICABLOGPOLITICA

FAVELADO PENSANTE

7/17/20253 min read

Senta aí, porque o papo hoje é reto. Quero te contar uma coisa que talvez você já saiba: tem duas coisas que esses machos, brancos, ricos e héteros dizem que sabem e fazem sem esforço — ou pelo menos acham que sabem: sexo e política. Só que, meu parceiro, saber fazer direito… aí é outra fita uma história totalmente diferente.

Na cama, o roteiro é sempre o mesmo: eles entram achando que já estão vencendo. Nem começou e já se sentem Zeus, senhor do Olimpo, dono dos raios e dos orgasmos — dela e dele. Só que, na prática, esse cara é mais estátua que cristo redentor: parado, frio e inútil. Não pergunta nada, não conversa, não entende nada de desejo. Termina rápido, vira pro lado e dorme. Se brincar, ainda solta aquele: “Nossa, foi bom pra você também?”. A cara da mulher ou do outro homem nessa hora é… não paguei uber pra isso… desânimo total.

Na política, a lógica é igual. O macho poderoso chega no cargo com aquele discurso sedutor, cheio de promessas, como se fosse um príncipe encantado. Mas, quando mete a mão no orçamento, é só pra gozar sozinho. Não tem preliminar, não tem cuidado, não tem compromisso. É penetração bruta no dinheiro público. Depois, levanta, se limpa e sai de fininho. E quem paga a conta do motel? Eu, você, nós.

Sempre foi assim

Não é de hoje. Na Roma Antiga, imperador Nero queimava a cidade enquanto fazia orgias. Na Grécia, casavam filhas para manter poder, transformando corpos em moeda política. Helena de Troia não foi sequestrada por amor — foi por vaidade masculina. Milhares morreram porque um homem quis provar que podia tudo. Hoje, a lógica é a mesma: a cama virou gabinete, os corpos viraram votos, e os troianos somos nós.

Quer exemplos atuais? Pega aí:

  • Mensalão – uma rapidinha de bilhões em troca de apoio.

  • Lava Jato – orgia generalizada entre empreiteiras e políticos.

  • Orçamento Secreto – R$ 20 bilhões distribuídos no escuro, sem ninguém saber onde entrou, quem gozou e quem fingiu que não viu.

  • Rachadinha – a preliminar preferida da família Bolsonaro. E olha que eles adoram repetir a dose.

Quando enchem os bolsos, cansam da brincadeira. Aí botam um laranja no lugar. Ou melhor: um herdeiro, pra manter o sobrenome no letreiro. Sarney tá aí há 60 anos. Os Calheiros, desde a ditadura. Os Maia, os Alves, os Barbalhos... é dinastia. Política no Brasil é tipo motel de luxo: sempre as mesmas famílias na suíte presidencial.

Sexo, política e a arte de não se importar

Na cama, o prazer dela nunca foi prioridade. Na política, a dignidade do povo também não. O pobre continua sem saúde, sem educação, sem teto. E o que eles fazem? Dormem de conchinha com o mercado financeiro e acordam de ressaca moral. Só que a ressaca é nossa: aumento do arroz, da luz, do gás, da passagem.

Esses caras não sabem perguntar: “Tá bom pra você?”. Nem pra parceira, nem pro povo. Nunca foi sobre dar prazer. Sempre foi sobre poder. Zeus transformava mulheres em nuvem pra possuí-las. Político brasileiro transforma direitos em fumaça pra continuar mandando.

Agora eu te pergunto: até quando a gente vai aceitar ser colchão dessa história? Até quando vamos deixar esses caras gozarem nas nossas custas, enquanto a gente continua pagando o motel que não entrou?

Porque, no fim das contas, a pergunta que fica é só uma:
Quando é que essa relação abusiva com o poder vai acabar?

ou mais…

Até quando vamos aceitar gozo pra poucos e miséria pra muitos?